Tal como já comentamos na unidade anterior,
a ideia geral do livro é construir conceitos
tendo como ponto de partida algum nível
de observação dos fenômenos, para, a seguir,
colocar em discussão outras variáveis,
novos pontos de vista, novas informações;
obrigando, assim, que conceitos aparentemente
prontos tenham de ser complementados,
revisados, revisitados.
O percurso geral da Unidade 2 se inicia pela
constatação de que muitas são as ideias
relacionadas ao surgimento do planeta e se
encerra identificando a relação entre esse
tipo de conhecimento e a formação
territorial brasileira.
Com base nisso, os alunos podem desenvolver os seguintes
objetivos.
Ordenar ideias
O
percurso da unidade se faz pela
busca
em colocar um grupo de informações
de
cada vez e, subsequentemente,
aplicar
tais informações
ao
reconhecimento das dinâmicas
territoriais
(ordenadoras e reordenadoras
das
formas do mundo). Os
temas,
dessa maneira, permitem que
um
número cada vez maior de variáveis
seja
colocado em discussão; ao
se
buscar algum nível de conclusão,
todo
o processo recomeça.
Reconhecer grandezas
muito desproporcionais à
escala humana
Um
aspecto pedagógico próprio dessa
unidade
é o fato de trabalhar com
temas
cuja dinâmica exige milhares
e
até milhões de anos para que
possa
ser significativa. A formação
do
Universo, do planeta, das rochas
e
das camadas da Terra requer uma
ordem
de grandeza que não se associa,
imediatamente,
aos discursos
adolescentes,
criando condições de
reflexão
e amadurecimento por parte
de
alunos nessa faixa de idade.
O
mesmo se pode afirmar da magnitude
energética
envolvida em cada
um
dos processos, tais como no ciclo
das
rochas, nos movimentos tectônicos
e
na explosão de vulcões.
Estabelecer correlações
entre processos físicos
e sociais
Essa grande reflexão sobre ordens
de grandeza praticamente inimagináveis
por um jovem evidencia a dimensão
e o significado da presença
humana em relação a esses elementos
da natureza.
A unidade se dispõe a colocar tais
informações a serviço de se identificarem
seus imbricamentos com demandas
sociais; é quando atinge, do
ponto de vista pedagógico, seu ponto
mais importante, fundindo tempos e
lógicas diferentes na determinação
das paisagens contemporâneas e,
portanto, de nossas geografias.
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